quarta-feira, 15 de abril de 2015

“Se um avião cair em Juazeiro não tem como apagar o fogo”, alerta empresária

A advogada Flávia Soares, em pronunciamento na sessão da Câmara de Juazeiro do Norte, nessa terça-feira (14), fez severas criticas a atual estrutura do Corpo de Bombeiros da cidade. Flávia é proprietária de prédios na cidade, inclusive, o que fica visinho a empresa “Juazeiro Tintas” que incendiou no último fim de semana.

Durante o uso da tribuna, a advogada e empresária, disse que um equipamento importante para o combate ao fogo de alta proporção está quebrado. “A falta de estrutura é tanta que, caso um avião sofra um acidente, a Brigada de Incêndio do Aeroporto não tem como apagar o fogo. O equipamento está quebrado”, disse a advogada.

A advogada relacionou, ainda, outros problemas que têm se agravado com o decorrer do tempo. Segundo Flávia, a Cagece não fornece água para o Bombeiro, além de ter um número de hidrantes, insuficientes para a demanda. “Um dos poucos hidrantes existentes na cidade, a chave não funciona”, observou Flávia.

Flávia Soares falou em nome dos comerciantes de Juazeiro e pediu que o Governo do Estado resolva o problema. A advogada observou que a corporação não é contemplada com concursos há 15 anos.

Debate:

O vereador Gledson Bezerra (PTB) disse que não adianta falar ou reclamar. Segundo ele, apenas o debate não resolve. Gledson citou os casos da Cagece que enche a cidade de buracos e o SVO (Sistema de Verificação de Óbito) que não funciona por falta de um link. Para ele, o Estado está sucateado e não tem como resolver os problemas.

Tarso Magno (PR) perguntou sobre as três viaturas anunciadas pelo Governo do Estado para Juazeiro que, segundo ele, nunca chegaram. Em resposta a indagação de Tarso, a advogada observou que para apagar o incêndio da última semana, os Bombeiros tiveram que esperar as viaturas de Crato e Iguatu.

O presidente da Câmara, vereador Danty Benedito (PNM), acatou proposta de formar uma comissão para verificar o problema e cobrar uma resolução das autoridades. A comissão ficou formada com os vereadores Cláudio Luz (PT), Capitão Vieira Neto (PTN), Claudionor Mota (PMN), Tarso Magno e Rita Monteiro (PTdoB). A comissão trabalhará, ainda, na organização de uma Audiência Publica com a presença do Ministério Público, Secretaria de Segurança e outros órgãos afins.

Detalhes da sessão

Parece que os vereadores resolveram desenterrar assuntos já esquecidos. Bertran Rocha, boicotado no Demutran, resolveu reavivar as denúncias contra o órgão, pedindo explicações sobre a investigação interna e voltou a pedir o afastamento do diretor do órgão. Seu pedido não ecoou. Mas, política e brigas pessoais a parte, a sociedade merece uma explicação sobre o desfecho do acontecido.

A vereadora Rita Monteiro, preocupada com a transmissão da Missa do Padre Cícero, realizada a cada dia 20, pediu que fosse feita a licitação para contratação de empresa para fazer a transmissão. Ela pediu que os responsáveis fossem citados via ofício.

O detalhe é que não existe dinheiro nem para a compra de medicamentos, imagine para contratação de empresa para fazer transmissões. Parece que, pelo menos, por enquanto os fieis do Padre Cícero, terão que ir até o largo do Socorro para acompanhar as missas. Ruim para quem mora fora de Juazeiro.

No ritmo do quanto pior melhor, o vereador Tarso Magno, pediu o envio de requerimento ao Ministério Público Federal (MPF) para que sejam feitas auditorias em outras secretarias do Município, como a Educação. Para o vereador, está havendo “roubo” de recursos do Fundeb.

A afirmação é pesada e merece atenção dos órgãos de fiscalização e da prefeitura. Agora é interessante que o vereador tenha algo palpável em mãos para entregar/denunciar aos órgãos de fiscalização. Senão, corre o risco de ter que explicar a afirmação e não ter provas contundentes. Seria a chamada denúncia vazia, o que, pode descredibilizar o parlamentar. Uma injustiça pela história que Tarso tem na política juazeirense.

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