domingo, 16 de agosto de 2015

‘Crise no PT não significa ciclo vitorioso do PSDB’ diz cientista político tucano

O cientista político Sérgio Fausto, superintendente executivo do Instituto Fernando Henrique Cardoso, afirmou em entrevista, que "o PSDB, a despeito do bom desempenho eleitoral de 2014, é um partido com dificuldade de definir uma linha clara de atuação parlamentar. As dificuldades estariam tanto na sua interlocução com a sociedade, quanto na definição de uma clara diretriz política, na capacidade de falar com uma só voz".

Sérgio Fausto reconhece que o partido "tem hoje um déficit de credibilidade, inclusive com o seu eleitorado". E completa: "Tudo isso significa que a crise do PT não se traduz automaticamente num novo ciclo vitorioso do PSDB". Para ele, os tucanos não marcham unidos em direção aos movimentos que pedem o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. "São dois passos para frente, dois para trás. Em resumo, o PSDB percebe e intui que corre um risco de se manter afastado do movimento, mas tampouco tem estratégia clara de como lidar com ele", alerta.

Fausto critica as posições que o partido adotou na Câmara em matérias que eram importantes para o país apresentadas pelo governo. "O partido foi incoerente com sua história, foi irresponsável do ponto de vista dos interesses maiores do País. Refiro-me ao fator previdenciário; a batalha da reforma da Previdência. O fator previdenciário foi uma criação do FHC, eles votaram contra a história do partido. Então, é um pouco além da conta. Acho que tem que ter sensatez, mas isso não pode se dar com sacrifício dos interesses do País", reforça.

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