sábado, 12 de março de 2016

Convenção do PMDB adia por 30 dias decisão sobre permanência no Governo

A Convenção Nacional do PMDB, realizada neste sábado (12) em Brasília, adiou a permanência do partido no Governo Dilma Rousseff (PT). A decisão aprovada pelo plenário de convencionais, responsabilizou o novo Diretório Nacional para tomar a decisão. Durante o evento foram eleitos os novos dirigentes e reconduzido o vice-presidente da Republica, Michel Temer, como presidente nacional da sigla.

Apesar da decisão, considerada conservadora, por grande parte dos convencionais, o presidente Michel Temer disse que é preciso ter tranquilidade nas posições. Temer ponderou sobre as conquistas do governo que o PMDB ajudou a construir, mas defendeu mudanças como as reformas. Para Temer a hora não é de erguer muros, sim de construir pontes.

Entre os mais fervorosos na defesa do rompimento, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, apresentou a moção que pede o rompimento, com o anuncio em até 30 dias. Durante intervenção na plenária, o ex-ministro destacou a crise moral que vive o país. Para Geddel a presidente Dilma perdeu a autoridade para governar e o PMDB está preso aos cargos que ocupa.

O clima acirrado da Convenção subiu com as palavras do deputado Carlos Mansur que voltou a pedir a queda da presidente Dilma e cobrou uma posição mais firme do partido para o que, segundo ele, pede as vozes das ruas. Para Mansur, se o PMDB ficar vai cair junto com o governo.

A senadora Marta Suplicy pediu o impeachment da presidente Dilma e avaliou que a medida vira tardia. Marta avaliou o governo petista como corrupto e incompetente, marcado pelo isolamento político.

O presidente que deixa o cargo, senador Valdir Ralp, amenizou a polêmica e disse que o partido vive uma encruzilhada política, quando se aproxima seus 50 anos de fundação. O discurso governista foi ressaltado pelo deputado Carlos Bezerra que culpou o sistema financeiro como motivador da crise. O deputado defendeu uma auditagem na divida do Brasil.

Ao final, o plenário aprovou uma moção que impede o PMDB de assumir qualquer cargo, até a decisão do Diretório Nacional, em 30 dias. O presidente Michel Temer propôs consenso em aclamar o senador e ex-presidente José Sarney, como novo presidente de honra do partido. A proposta foi aprovada entre vaias. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário