quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cid Gomes: “não rompi a aliança com o PT no Ceará”


O governador Cid Gomes (PSB), em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, no programa Entrevista Record Atualidade, na noite de ontem, quarta-feira (31), perguntado sobre se o PT fará ou não oposição ao seu governo, disse que não rompeu com o PT no Ceará. Ele destacou que quatro secretários do seu governo são filiados ao PT. “Estamos falando de secretarias como Educação, Desenvolvimento Agrário, Cidades e Cultura. E eu quero preservar essa parceria,” disse.

Cid Gomes exemplificou ainda que o prefeito da sua cidade natal (Sobral), onde iniciou sua carreira política é do PT com o apoio dele próprio. Sobre Fortaleza, o governador disse que foi um caso pontual. “O PT de Fortaleza tem uma tendência interna que domina é que é de difícil relacionamento,” disse.

Com relação ao pós-eleição, Cid acredita que as coisas voltem ao seu normal. Segundo ele, o conselho que deu ao prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio, foi que o seu dever é unir a cidade. “É verdade que houve muito acirramento, muitas palavras ásperas, mas quem tem que ser generoso é o vitorioso. É hora de estender a mão, procurar e pedir o apoio do PT para ajudar a governar,” argumentou.

Para Cid é hora de “deseleitorizar” o Brasil. É hora de trabalhar. Sobre o Estado, o governador disse que existem questões urgentes para serem resolvidas como o Fundo de Participação dos Estados (FPE), Royauts do Petróleo, Reforma Tributária e muitos outros.

Recado reforçado

Na verdade, o governador Cid tem deixado claro seu interesse de continuar com a aliança com o PT. Agora é bom esclarecer em que bases se dará essa aliança. O PSB abriu mão de sobral, mas tem o governo do Estado e, a partir de janeiro, terá a prefeitura de Fortaleza. Enquanto o PT tem Sobral e o PMDB terá Juazeiro do Norte. A aliança entre os três ainda é muito desigual.

Agora é claro que o apelo pela reeleição de Dilma é um grande trunfo do PSB na negociação com o PT. Os socialistas podem entender que os petistas abrirão mão de tudo, ou quase tudo, para garantir apoio ao projeto nacional. Daí a avaliação de que o nome ao governo poderia vir do PMDB e o senado passaria para o PT, que poderia ficar com duas vagas. Esse caminho pode ser levado em consideração.

É claro que isso contempla apenas os partidos maiores e deixa os menores, como o PCdoB, sem uma atuação mais marcante. Eles teriam que se contentar com a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa.

Mas, independente, das decisões a serem tomadas é preciso destacar o esforço do governador em manter a aliança que o elegeu em 2006 e reelegeu em 2010. É claro, que para que as coisas deem certo é bom que o governador esqueça o nome de Leônidas Cristino para sucedê-lo. Afinal, não dá para se ter tudo!

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