sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Câmara de Juazeiro: Zé de Amélia desiste e nome da oposição está indefinido


A corrida pela presidência da Câmara de Juazeiro teve novo capítulo nesta semana. O atual presidente José de Amália Júnior (PSL) deve desistir da reeleição para abrir espaço ao grupo dos eleitos pela primeira vez. Segundo informações três dos cinco vereadores eleitos não votariam em Zé Amélia.

Com a possibilidade de desistência do atual presidente, os nomes de Darlan Lobo (PMDB) e Antônio de Lunga (PSC) já se articulam para ganhar a simpatia dos vereadores que estão no grupo da oposição. O grupo já contaria com dez votos.

Antes da nova configuração os grupos de Zé de Amélia e dos independentes contabilizavam, juntos, a soma de 11 votos. Resta saber quem não estaria mais nesse grupo e se estaria com Raimundão ou se colocando para renegociação.

Os vereadores: Zé de Amélia (PSL), Darlan Lobo (PMDB), Ronnas Motos (PMDB), Adauto Araújo (PSC), Sargento Firmino (PRP), Antônio de Lunga (PSC), Cledmilson (PSD), Claudionor Mota (PMN), Dante Benedito (PMN), João Borges (PRTB) e Cláudio Luz (PT), faziam a base dos dois grupos. Os vereadores preferem não falar em nome, mas alguém mudou de lado.

O fato curioso é que a câmara terá 21 cadeiras, mas juntando a soma dos dois lados o total é de 23 votos. Ou seja, alguém está prometendo voto para ambos os lados. Mas, esses “espertos” só devem ser conhecidos no final.

Quanto custará a eleição

E por falar em mudança de lado, a eleição da Câmara deve ultrapassar a marca de R$ 1 milhão. As informações não têm confirmação, mas nos bastidores se comenta que cada voto pode custar mais de R$ 100 mil.

Não é confirmado também, mas nos bastidores circulam os nomes de três empresários ligados ao grupo da oposição que estariam à frente dessas negociações. Todos estariam ligados por laços familiares a vereadores eleitos.

Por outro lado, no grupo do prefeito eleito Raimundo Macedo (PMDB), permanece o nome de Gledson Bezerra (PTB). O problema seria a elevação, ainda mais, desse custo, já que, para atrair um dos vereadores para sua base, o prefeito eleito teria oferecido uma secretaria.

Sabendo da negociação, os outros vereadores, também, passariam a reivindicar o mesmo tratamento. Ou seja, também, querem secretarias. Caso a negociação tome esse rumo, sobrarão poucas secretarias para a real indicação do prefeito. Isso, sem falar que, com o fatiamento, o risco é a formação de várias administrações dentro da mesma prefeitura.

Há, também, informação de que Raimundão teria sentado com os vereadores do grupo dos independentes; mas que a negociação não teria andado porque o prefeito eleito não teria demonstrado disposição em atender sequer 1/3 das reivindicações dos vereadores eleitos.

A dor de cabeça de Raimundão

Além de tentar contornar a ânsia dos vereadores por participação na administração, o prefeito eleito Raimundo Macedo, tem que contornar o problema de dois vereadores do seu partido, Ronnas Motos e Darlan Lobo, que tem se colocado no grupo que faz oposição sua indicação.

Existe a possibilidade de Ronnas Motos ser o nome que teria trocado de lado e, aí, parte do problema estaria resolvido. Mas, Darlan Lobo continua firme e, pior, seria um dos prováveis nomes para disputar contra Gledson, indicado de Raimundão. Além disso, os vereadores Preto Macedo (PMDB) e Capitão Vieira (PTN), já teriam demonstrado descontentamento com os últimos acontecimentos endossados por Raimundão.

A avaliação é que Raimundão já foi longe demais nessa articulação pela presidência da Câmara e, nesse momento, perder essa “briga” seria uma demonstração de fraqueza. Fora isso, o fato de não ter dois dos vereadores do PMDB na sua base está pesando negativamente.

Certo mesmo, nesse momento, é que Raimundão tem dez votos e a oposição tem dez; esses declarados. O 21º vereador, aquele que não está mais na base da oposição e, ainda, não aparece na lista de Raimundão, deve ser o fiel da balança. Resta agora saber quem é esse iluminado.

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