Questionado se o ex-presidente Lula deveria prestar explicações sobre as suspeitas de corrupção e tráfico de influência que envolvem a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, alçada ao posto quando o petista exercia a Presidência, Eduardo comparou a situação vivida por Lula a situações pelas quais teria passado o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Para Eduardo, vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC na história, de líderes que têm imperfeições, mas que legaram ao Brasil algo que é importante para a vida brasileira.
(A informação é do site Ceará News 7).
A quem explicar primeiro
O problema é a quem o ex-presidente Lula deve a primeira explicação, se ao povo brasileiro ou a sua mulher Marisa. Acredito que antes de qualquer coisa ele deve se explicar com a dona da Marisa. Segundo as investigações da Polícia Federal, Rosemary se anunciava como namorada de Lula. E esse argumento, bem convincente por sinal, teria aberto muitas portas para ela e seus agregados na esfera do poder.
Agora, depois das devidas explicações a dona Marisa, o ex-presidente deve sim dar explicações, não a imprensa, que funciona apenas como canal de repercussão, mas ao povo. Ele é um homem público e tudo que envolva seu nome, de forma negativa, merece um esclarecimento e, até, uma defesa.
Quanto a defesa feita pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ela vem como um balde água fria na cabeça dos entusiastas pelo rompimento. Ao contrario do governador do Ceará, Cid Gomes, seu indigesto correligionário, mais próximo da presidenta Dilma, Eduardo Campos, parece mais amigo do ex-presidente Lula. Ou seja, Eduardo defende Lula e Cid defende Dilma. Seria a confirmação de divisão interna tanto no PSB, quanto no PT? Lula e Dilma estariam com posições diferentes e formando cada seu grupo? Ainda é muito para definir essa posição no seio petista, ao contrario, é claro, do PSB.
Certo mesmo é que Dilma deve ser candidata à reeleição. E aí prevalece a defesa de Cid e explica o tensionamento de Eduardo. Fora isso, só a certeza de que Eduardo Campos está correto quando diz que os papeis de Lula e FHC só serão compreendidos para história. Ambos têm imperfeições, mas cada um, do seu jeito, deixou um grande legado ao Brasil. E daqui por diante é melhor tomar cuidado com envolvimentos afetivos.
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