quarta-feira, 25 de abril de 2012

Salviano lança seu filho como pré-candidato a prefeito de Juazeiro

O deputado federal Manoel Salviano (PSD) lançou ontem, terça-feira (24), o nome do seu filho, Samuel Salviano, como pré-candidato do PSD a prefeitura de Juazeiro do Norte. A informação foi confirmada por Samuel que, já se comprometeu, caso eleito, em fazer uma administração para marcar a história de Juazeiro. Ele exaltou a primeira administração do pai como inspiração.

Manoel Salviano ainda não apresentou as possíveis bases de apoio para essa investida, mas acredita-se que seu ex-partido, o PSDB, pode ser uma dessas bases, já que a sigla, a nível municipal, ainda estaria sob seu controle. Com o lançamento, Manoel Salviano deixa a frente da disputa e passa a atuar apenas nos bastidores.

Surpreendente e revelador

A definição da pré-candidatura de Samuel Salviano é apenas a confirmação de que, realmente, Manoel Salviano não tinha pretensões de disputar diretamente a prefeitura de Juazeiro. Agora, o que surpreende é que a decisão foi mais caseira, que política. A grande questão é como ficará a sua posição, caso Arnon Bezerra confirme sua candidatura em junho. Salviano está, segundo ele próprio, comprometido com o nome de Arnon. Ou seja, ele cumpre o acordo é deixa de apoiar o filho, lançado por ele? A pré-candidatura de Arnon ainda continua colocada.

É claro que tudo isso, pode estar resolvido, caso a candidatura de Samuel, seja apenas uma estratégia e sua vida útil obedeça a um prazo determinado, o que, não é tão incomum dentro da política.

Agora, de concreto mesmo, será a dificuldade de Salviano em articular essa candidatura, caso, não resolva o problema da aliança. Os apoiadores “naturais”, como o PR de Vasques Landim e o PTB de Arnon, têm seus pré-candidatos e seguem seus rumos. Já o PSDB, além de estar sem forças, não é certeza de apoio, pois o presidente regional do partido, Marcos Cals, anunciou que em Juazeiro o apoio deve ser para Vasques. Para piorar o quadro, o PSD, ainda não dispõe de tempo de propaganda. Ou seja, poderemos ver pela primeira vez uma campanha apenas de rua. E, vale salientar, na era das comunicações, isso seria um desastre.

Sobre o primeiro discurso, podemos dizer que Samuel é, realmente, marinheiro de primeira viagem. Primeiro, porque já falou como favorito, o que não é. E depois desmereceu a segunda gestão do seu pai quando apontou a primeira como referencia. A referência deveria ser o estilo do gestor, não pontualmente uma gestão. Fica a ideia de que o diferencial foi a equipe ou a conjuntura, não o gestor. Ele tem muito o que aprender com o próprio pai.

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