quinta-feira, 7 de julho de 2016

Arcebispo acusado de pedofilia na Paraíba quer voltar a Fortaleza

O ex-arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, quer voltar a comandar os católicos da capital cearense, na arquidiocese de Fortaleza. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. O religioso pediu renúncia do cargo na Paraíba após acusação de envolvimento em uma sequência de escândalos de pedofilia.

O Vaticano aceitou a renúncia de dom Aldo, mas ainda não se manifestou sobre o novo destino do arcebispo afastado. Segundo declarações de dom Aldo, estaria pensando em voltar a Fortaleza para colocar a cabeça em ordem. “Ser arcebispo emérito não é demérito para ninguém. Quero continuar trabalhando", declarou Pagotto.

Pagotto chegou na capital cearense em 1985, onde exerceu a função de vigário da Paróquia de São Benedito e vigário episcopal da Região Metropolitana de Fortaleza. Foi bispo de Sobral entre 1998 e 2004, antes se transferir para a Paraíba.

A denúncia

Segundo a imprensa italiana, dom Aldo, de 66 anos, é suspeito de abrigar em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores. Todos os padres foram expulsos de outras dioceses. O próprio Pagotto manteria uma relação com um rapaz de 18 anos.

No Ceará, dom Aldo Pagotto foi acusado pelo Ministério Público do Estado (MPCE), em 2002, de induzir adolescentes a mudarem depoimentos à Justiça, no caso do frei Luis Sebastião Thomaz, apontado como suposto autor de abuso sexual contra 21 meninas de Santana do Acaraú.

Na época, frei Luis Sebastião Thomaz foi denunciado por crianças e adolescentes de abuso sexual em troca de roupas, dinheiro e alimentos.

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