terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Decisão. Rodrigo Janot quer fim do sigilo nas delações

Para evitar acusações de vazamento contra o Ministério Público, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou nessa segunda-feira (19) que pedirá o fim do sigilo sobre as 77 delações da Odebrecht. As delações atingem Michel Temer e vários de seus ministros, como José Serra, Eliseu Padilha e Moreira Franco.

A delação também atinge outros políticos, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de ter despesas pessoas pagas pela Odebrecht. O pedido será analisado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, que prometeu trabalhar durante o recesso para dar conta do volume de processos.

No mesmo dia, em que veio à tona delação da Odebrecht afirmando doação de R$ 30 milhões via caixa dois para chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer, em 2014, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Gilmar Mendes, relativizou a prática.

Para Gilmar, que vai julgar ação no TSE, o caixa dois não significa necessariamente propina ou corrupção. "A simples doação por caixa dois não significa a priori propina ou corrupção, assim como a simples doação supostamente legal não significa algo regular”, disse o ministro, ressaltando que é preciso saber a origem do dinheiro do caixa dois no âmbito do processo contra a chapa Dilma-Temer.

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