quarta-feira, 9 de maio de 2012

Câmara de Juazeiro recebe Tomadas de Contas do ex-prefeito Raimundo Macedo

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte recebeu, durante a sessão de ontem (08), as Tomadas de Contas Especiais relativas aos exercícios de 2006, 2007 e 2008, da gestão do ex-prefeito Raimundo Macedo (PMDB). Enviadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), as contas já foram aprovadas anteriormente e agora retornam para nova apreciação dos vereadores.

As contas devem, segundo o vereador Professor Antônio (PCdoB), passar pelo crivo de todos os vereadores, não sendo necessária a discussão nas comissões. “Agora o andamento do processo fica por conta da mesa”, disse.

Professor Antônio disse ainda, ter feito requerimento pedindo a volta ou a vinda de outras Tomadas de Contas Especiais de prefeitos anteriores e do atual, Manoel Santana (PT). “Meu requerimento é para mostrar que a casa não está num movimento de caça as bruxas. Estamos, na verdade, fazendo um trabalho que é prerrogativa da Câmara”, finalizou.
 
O presidente da Câmara, vereador José de Amélia Júnior (PSL), disse que o tramite das contas deve obedecer a um prazo de, no máximo, trinta dias, até a votação. Zé Amélia justifica o prazo como sendo uma orientação do Superior Tribunal Federal (STF) para que as Câmaras votem o mais rápido possível essas contas.

Sobre o parecer do TCM para as contas, o vereador Zé de Amélia Júnior, disse que, se depender dele, a Câmara deve acompanhar o parecer técnico do órgão fiscalizador.

Em alerta

Na verdade, não só o ex-prefeito Raimundo Macedo, mas todos os prefeitos que já passaram e, também, o atual Manoel Santana, devem ficar com as barbas de molho. Apesar do vereador professor Antônio dizer que seu requerimento é para justificar a não caça as bruxas, ele finda tendo um efeito contrário. Ele acaba deixando a visão de caça aos prefeitos.

Agora a questão é a seguinte: se essas contas já foram votadas e aprovadas pela Câmara, porque o retorno? E outra: se forem desaprovadas, Raimundo Macedo fica inelegível? São questionamentos a ser respondidos.
 
Mas, no meio de tudo isso, o risco que se corre é que, em pleno momento eleitoral, a apreciação dos vereadores possa ter a interferência das disputas políticas. E o critério das analises e julgamento sejam apenas políticos.

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