sexta-feira, 25 de setembro de 2015

CPI da Cagece: Câmara de Juazeiro debate situação hídrica do município

A Câmara de Juazeiro do Norte abordou novamente a situação de escassez hídrica vivida pelo município. O tema foi levantado pelo vereador Normando Sóracles (PSL), durante pronunciamento na sessão ordinária dessa quinta-feira (24).

Normando destacou o fornecimento comprometido com o fechamento de poços artesianos, ocasionados pela contaminação do lençol freático. O vereador destacou que outras regiões que dependem de açudes e rios, a situação é ainda pior. Ele citou os baixos níveis de açudes como os Carneiros (Crato), Orós e Castanhão, além do Rio São Francisco que, segundo o vereador, está secando.

O vereador pediu uma maior atenção para situação e solicitou envio de ofício ao prefeito Raimundo Macedo (PMDB), sugerindo a decretação de Situação de Emergência no município, com destaque a zona rural. Segundo o vereador é preciso realizar estudos antes de autorizar escavação de novos poços.

O vereador Tarso Magno (PR) observou que a água de Juazeiro vem do subsolo e que a Cagece é a responsável por explorar o recurso e dar destinação aos esgotos. Segundo o vereador a empresa tem a concessão desde 1973 e até agora não fez o esgotamento do município e os poços estão sendo contaminados. O vereador pediu a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os investimentos feitos pela Cagece em Juazeiro.

Cláudio Luz (PT), disse que o baixo nível do São Francisco é em consequência de causas naturais e as obras da Transposição e do Cinturão das Águas estão atrasadas, mas continuam em andamento. As obras foram questionadas por Normando. Outro fator destacado por Cláudio foi a necessidade de preservação do Parque Ecológico das Timbaúbas. Segundo ele, é necessária a suspensão das obras dentro do Parque imediatamente.

O vereador Gledson Bezerra (PTB), questionou o silêncio do Ministério Público do Estado (MPCE) com relação a atuação da Cagece. Segundo Gledson, se fosse um órgão ou autarquia do Município já teria, no mínimo, sido acionado para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

Darlan Lôbo solicitou que todo o conteúdo do debate feito na Câmara, fosse enviado ao Ministério Público para que providências sejam tomadas.

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