quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Presidente do Icasa enfrenta sabatina na Câmara de Juazeiro do Norte

Presidente do Icasa, Paes de Lima, no uso da Tribuna. Foto Adriano Duarte / Agência Miséria.

O presidente do Icasa, Francisco Paes de Lira, foi à sessão da Câmara, dessa terça-feira (08), para fazer uma prestação de contas dos recursos recebidos pelo clube e acabou sendo sabatinado pelos vereadores. Entre poucas defesas e muitas críticas o presidente acabou desafiando quem teria coragem de assumir o clube.

No uso da tribuna, Paes de Lima iniciou fazendo um relato do seu histórico de cerca de 25 anos dentro do clube e das dificuldades encontradas para manter um time profissional no interior. Ele disse que o Icasa virou um time grande, mas com receita pequena. Disse que o problema do Icasa é financeiro.

Sobras às ameaças de morte, divulgadas nas redes sociais, nos últimos dias, Paes de Lira disse que ele e sua família ficaram assustados e que já tomou providencias registrando Boletim de Ocorrência.

Com a palavra facultada aos vereadores, o presidente foi questionado sobre os repasses feitos pelos governos Municipal e Estadual; se o cargo de presidente é remunerado; e por fim, se a coisa é tão ruim porque ele ainda permanece à frente do Clube. O vereador Zé Ivan Leiteiro (PTdoB), autor do convite ao presidente, disse que ele deveria se afastar, pois futebol profissional é para quem tem dinheiro.

Durante o confronto de argumentos, o vereador Darlan Lôbo (PMDB), observou conhecer a realidade do Icasa e que o futebol juazeirense dá prejuízo. Em contraponto, o vereador Cláudio Luz (PT), disse que o futebol brasileiro é para dar lucro, o problema seriam a más gestões. Para Cláudio, além de transparência falta capacidade de arrecadar.

Sobre as perguntas, Paes de Lira, respondeu que as prestações de contas foram feitas junto aos entes patrocinadores (Prefeitura e Governo do Estado). Sobre sair do comendo do clube, o presidente disse que não renuncia para não deixar o time à deriva. Paes de Lira garantiu não receber salário e que a situação em que chegou o time foi ocasionada por uma série de fatores e ele não é o único culpado.

Na verdade, de prestação de contas mesmo, o presidente falou apenas de uma dívida de R$ 7 milhões em causas trabalhistas e outra de R$ 800 mil com a Coelce. Em contrapartida disse ter uma ação judicial contra a CPF no valor de R$ 32 milhões.

CPI da Coelce

Durante a sessão dessa terça-feira, a mesa diretora da Câmara autorizou abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a taxa de iluminação pública. A comissão foi solicitada pelo vereador Normando Soracles (PSL) e deve ser formada após reunião colégio de lideres nessa quinta-feira (10), antes da sessão da Câmara.

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