domingo, 27 de novembro de 2016

Semana. Temer gravado e o fantasma do impeachment à solta

O Governo de Michel Temer parece estar desmoronando mais cedo que se imaginava. A crise do espigão baiano derrubou Geddel e, de quebra, colocou Temer na berlinda, com relação a acusação de tráfico de influência. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse que Temer o pressionou para liberar a obra em favor de Geddel; Pior, ele entregou gravações que comprovam suas afirmações. Estavam grampeados, além de Temer, o ministro Geddel Vieira Lima, Secretaria de Governo, e Eliseu Padilha, Casa Civil.

A informação bombástica, caiu como prato cheio para a oposição, liderada pelo recém desgovernado PT, que não perdeu tempo e, liderado pelo senador Lindberg Farias, pediu o impeachment de Temer. Pelo menos, por enquanto, é pouco provável que a vontade prospere no Congresso; mas, os petistas sabem disso. Na verdade, a tática é jogar combustível nas manifestações populares e motivar mais ocupações, intensificando o coro pelo “Fora Temer”.

As gravações de Marcelo Calero já estão nas mãos do Ministério da Justiça. Geddel já é investigado pela comissão de ética do Governo e será denunciado pela Procuradoria-Geral da República, por ter cometido os crimes de advocacia administrativa, usando seu cargo público em benefício próprio. A isso, dá-se o nome de tráfico de influência.


A semana só não foi melhor para a oposição porque um dos seus maiores ícones, o deputado federal José Guimarães foi envolvido em mais um escândalo de corrupção. Na manhã do dia 24, a Polícia Federal divulgou uma nota sobre a conclusão de inquérito, no âmbito da Operação Lava Jato.

A nota da PF diz que a investigação comprovou que Guimarães recebeu propina do colaborador Alexandre Romano. O pagamento pela sua intervenção junto ao ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB), Roberto Smith, para a liberação de R$ 260 milhões em favor do grupo Densevix (Engevix), para execução de projetos se usinas eólicas.

Segundo a PF, a propina seria de R$ 97,7 mil pagos com dois cheques. O primeiro, no valor de R$ 30 mil, foi descontado pelo escritório de advocacia “Bottini e Tamasaukas”, que defendeu Guimarães numa ação no STF. O segundo, no valor de R$ 67,7 mil, estava nominal a uma fábrica de papel fornecedora da gráfica usada pelo deputado.

Para a PF há elementos suficientes para apontar a materialidade e autoria dos crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. O inquérito concluído já tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Guimarães nega tudo e sustenta que é inocente das acusações. E nada mais a dizer!


O pesadelo de Guimarães deu novo folego a Temer. E para ver a tempestade passar o presidente cambaleante tenta fazer sua parte com o anuncio de pautas positivas. Para o Ceará foi anunciada a liberação de R$ 40 milhões para obras de combate a efeitos da seca no estado.

O anúncio feito pelo ministro da Integração Nacional, o jovem Helder Barbalho, filho do conhecido senador Jader Barbalho; e teve a carona do deputado federal cearense Danilo Forte para o anúncio da data de 8 de dezembro para a visita. Danilo é aquele amigo íntimo do ex-presidente da Câmara, o ex-deputado Eduardo Cunha.

Fazem parte, ainda, da festa dos R$ 40 milhões, os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB), além do governador Camilo Santana (PT), esse último, aliás quem fez a solicitação. Nas palavras do ministro Barbalho, o recurso será distribuído em obras de captação de água para garantir a distribuição, sobretudo na Região Metropolitana de Fortaleza. A ação é emergencial e os R$ 40 milhões é, para o ministro, em respeito ao Nordeste.

Realmente valemos muito pouco. Agora é aguardar a festa dos fogos e o viva ao Brasil.

Um comentário:

  1. Imprensa Caririense como sempre Petista. Madson se informe amigo o PT mente. O Calero é um babão do Lula. Comentários exdrúxulos parece que a Dilma não saiu do Poder. kkkkk

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