terça-feira, 15 de julho de 2014

Paciente pede socorro à Câmara de Juazeiro

Precisando de uma cirurgia eletiva no braço direito, fraturado em conseqüência de um acidente de transito, o jovem Francisco José Tavares Barbosa Júnior, foi a Câmara de Juazeiro do Norte na última quinta-feira, 10 de julho, para pedir socorro. Francisco sofreu um acidente de moto no dia 16 de junho e desde então percorre os órgãos de saúde de Juazeiro em busca da cirurgia, mas até agora nada foi feito.

O vereador Tarso Magno (PR), sensibilizado com a situação do trabalhador autônomo, levou o caso à Câmara. Tarso fez requerimento verbal solicitou que o município socorra Francisco José. “Senhor presidente, senhor líder do prefeito, Francisco é um trabalhador e está sem condições de prover o sustendo de sua família,”disse Tarso, solicitando o envio ofício ao secretário de Saúde e ao prefeito para que se resolva o problema.

Tarso ressaltou que já havia solicitado administrativamente o mesmo pedido, mas, segundo ele, nada foi feito ou respondido. O vereador avaliou a situação como inadmissível, já que, segundo ele o município tem dotação orçamentária para custear. “Já tentei conversar com os setores responsáveis, sem a necessidade de comunicação oficial, mas não tive êxito. O rapaz já tentou o agendamento por várias vezes da Secretária de Saúde, mas a resposta é sempre que ele espere,” disse Tarso.

O vereador esclareceu, ainda, que uma das dificuldades para o atendimento é que administração de Juazeiro está inadimplente com o Hospital São Raimundo, em Crato. As cirurgias são feitas nos municípios visinhos, já que, o município de Juazeiro não dispõe da cirurgia. “O rapaz procurou o hospital cratense, mas não pode agendar porque Juazeiro está devendo. A situação é difícil. É um pai de família que precisa voltar a trabalhar,” disse Tarso.

Segundo Francisco José, chegou a ser atendido no Hospital Regional do Cariri, onde fez os exames, mas foi encaminhado ao município por se tratar de baixa complexidade. “No dia seguinte ao acidente procurei a Secretária de Saúde e eles disseram apenas que esperasse. Vinte dias depois me procuraram para dizer que a solicitação estava errada. Fiz outra solicitação, mas, até agora nada foi feito,” disse o paciente.

Francisco José confirmou ter procurado o Hospital São Raimundo, onde foi esclarecido que o município não pagou os serviços anteriores e por isso as cirurgias estavam suspensas. “Procurei o secretário e ele me confirmou que as cirurgias não estavam sendo feitas. Ele me acusou de tentar furar a fila, mas não quero furar a fila; eu que é que a fila ande. Somos centenas na mesma agonia,” disse Francisco José.

Procurado para falar sobre o assunto, o secretário Plácido Basílio, negou que as cirurgias estejam suspensas por falta de pagamento. “Não temos debito. O que temos é um teto financeiro que não pode ser ultrapassado. Os pacientes estão sendo encaminhados, mas existe uma fila que deve ser obedecida,” disse o secretário. Sobre o caso específico, Plácido Basílio, disse não ter conhecimento.

Caso não haja resposta nos próximos dias, o vereador Tarso Magno disse não ver outra solução se não recorrer a justiça para ter o direito concedido.

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