quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Câmara de Juazeiro: Tarso e Cláudio acirram debate na volta do recesso

A volta do recesso parlamentar na Câmara Municipal de Juazeiro do Norte foi cercada de muitas polêmicas e discussões. Os vereadores Cláudio Luz (PT) e Tarso Magno (PR) protagonizaram uma áspera discussão sobre o projeto de Lei do Executivo que prevê o reajuste dos servidores municipais.

Atrasado desde janeiro último o projeto foi votado na sessão, que aprovou reajuste de 6% com parcelamento do retroativo. Antes da votação, Cláudio Luz apresentou emenda ao projeto solicitando que o pagamento retroativo fosse feito de uma só vez.

A assessoria jurídica da Casa considerou a emenda inconstitucional, por onerar os cofres públicos. O projeto prevê o pagamento do retroativo parcelado em cinco vezes. Na votação, a maioria dos vereadores derrubou a emenda e aprovaram o projeto na integra.

No auge da discussão, Tarso Magno chegou a dizer que Cláudio Luz não tinha moral para falar pelos servidores. Tarso ressaltou que Cláudio fez parte de uma gestão que traiu a categoria e ele próprio, quando secretário de Segurança, mandou “baixar o pau em professores”.

O clima se acirrou e o vereador Cláudio Luz devolveu a afirmação perguntando se Tarso tinha moral. A tensão só diminuiu quando o presidente, vereador Capitão Vieira Neto (PTN), interferiu acalmando os ânimos.

Mais polêmicas

Outra polêmica durante a sessão foi o projeto de doação de terreno ao secretário Executivo de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte e empresário, Silva Lima. O projeto prevê a doação de terreno medindo cerca de 1 mil m2 e fica localizado em frente ao Hiper Bom Preço.

A doação, que visa a ampliação de uma fábrica de moveis de propriedade de Silva Lima, recebeu duras criticas do vereador Cláudio Luz. Segundo o vereador, a fábrica se encontra fechada e o bem servirá apenas para enriquecimento ilícito do secretário executivo. O projeto foi aprovado, mas o vereador garantiu levar a denúncia ao Ministério Público do Estado (MPCE).

O vereador Normando Sóracles (PSL) falou sobre a situação da educação no município. Segundo o vereador, o caos já tomou conta dos colégios. “As salas de aula estão dominadas pelos alunos, os professores estão encurralados e sofrendo agressões físicas, os telhados estão caindo e os ventiladores estão pendurados,” desabafou Normando, pedindo que fossem acionados a Secretária de Educação do Estado, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério Público do Estado (MPCE).

Já o vereador Darlan Lôbo (PMDB) denunciou, o que qualificou, de obras sonrizal. Para Darlan a ideia é fazer obras fracas para que volte a fazer a mesma obra, com valores superfaturados, para desviar novamente o recurso público. Ele citou como exemplo as reformas das escolas e postos de Saúde, a drenagem da Praça Nsa. Sra. de Fátima e o asfalto da Avenida Manoel Coelho. Segundo o vereador, todo o dinheiro foi jogado fora.

Caso Memorial

O presidente da Fundação Memorial Padre Cícero, Antônio Chessman, usou a tribuna para falar sobre a denúncia do sumiço de peças pertencentes ao acervo do Padre Cícero, do Memorial que leva o nome no padre.

O presidente levou em mãos um inventário bibliotecário datado de 7 de janeiro de 2010, e levantamento museológico de junho de 2012. Segundo Shesmam, baseado em levantamento atual, nada sumiu das dependências do Memorial.

Ele garantiu estar de portas abertas para qualquer investigação e qualificou que leviana e irresponsável a notícia veiculada na revista Veja.

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