quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ameaça de rompimento do PSB com o PT cresce em Fortaleza e Juazeiro


No PSB, já há quem admita que o partido está dividido com relação a manutenção ou não da aliança política com o PT. A discussão começa a ganhar corpo em Fortaleza, em consequência da truculência da prefeita Luizianne Lins, e já se irradia pelo interior do estado, chegando em Juazeiro.

Em Fortaleza, o deputado estadual José Sarto diz que há uma ala querendo manter a aliança, mas outra que quer a ruptura. Para o deputado, ter candidato próprio cumpre o objetivo de crescer eleitoralmente. Enquanto isso, em Juazeiro, continua colocada a pré-candidatura de José Roberto Celestino.

ACREDITO QUE temos duas situações diferentes. Na capital, o que mais incentiva a turma do rompimento é a inflexibilidade de Luizianne na escolha do nome. É mais efeito de pressão e menos projeto de poder. Até porque, acredito que se houver, realmente, o rompimento, o nome viria do PMDB, não do PSB. E, vale salientar, tornaria a disputa uma das mais interessantes dos últimos tempos.

Já em Juazeiro, a coisa é diferente. Mesmo depois de anular as pretensões de Carlos Macedo e enfraquecer o vereador Roberto Sampaio, a pré-candidatura de Roberto Celestino, não foi retirada. Claro que pode ser para garantir que ambos (Macedo e Sampaio), não voltem a ameaçar o projeto, mas finda dando margens para muitas especulações.

Segundo informações de bastidores, o nome de Celestino teria ganhado corpo no meio dos comerciantes e passado a ser visto como uma possibilidade eleitoral. O interessante da situação é que fica clara a mudança de estratégia de Carlos Macedo e Roberto Sampaio, que incorporaram o nome de Celestino para continuar forçando uma candidatura contra o prefeito Manoel Santana.

Agora, em uma coisa, as duas situações são bem parecidas. Elas contam com a anuência do governador Cid Gomes. Senão vejamos: em Fortaleza e Juazeiro, Cid tem o controle dos diretórios e, no entanto, as discussões continuam ganhando corpo. Aqui, Roberto Celestino diz que seu futuro como candidato depende do aval do governador, deixando claro que essa postura tem, no mínimo, o consentimento do governador.

Ou seja, todo esse processo que acontece em Fortaleza e Juazeiro parece estar ligado um ao outro, deixando patente que a decisão de um, influenciará no outro. É o jogo do poder, sem a presença do eleitor!

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