segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Encontro regional do PCdoB avalia, projeta e promove interação dos novos filiados

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realizou neste sábado, em Juazeiro do Norte, um encontro regional para avaliar sua atuação na política nacional, projetar suas ações eleitorais para este ano de 2012 e discutir sua política de crescimento e fortalecimento no Cariri. Cerca de 60 pessoas, representando sete municípios da região foram ao Cirão ouvir e intervir acerca de seus posicionamentos.

DUAS COISAS chamam atenção nesse novo PCdoB; sim, o partido está a caminho de uma nova base de ação, onde a principal mudança é a estratégia de crescimento.

Primeiro, perece existir um consenso geral de que é preciso crescer com mais velocidade. Bom, os comunistas, como são conhecidos, sempre pautaram seu crescimento a partir da conscientização política, tendo como campo de atuação sindicatos, entidades não governamentais e universidades. Esse era um crescimento lento, pois sua base era o convencimento.

Com a nova estratégia é enfraquecido o processo de politização e entra em cena a filiação por adesismo. A diferença é essencialmente ideológica. Claro que o PCdoB continua um partido de formação, mas agora com menos tempo entre o processo de politização e o campo de atuação militante. Exemplo dessa nova fase foi a filiação do prefeito de Farias Brito, Vandevelder, que trouxe seis vereadores e mais sua mulher, atualmente vice-prefeita. Ele construiu sua história política dentro de uma militância voltada aos movimentos de direita. Mas, para quem pretende dobrar o número de filiados num curto espaço de tempo é compreensível.

Outra discussão que chamou a atenção no encontro foi a critica propositiva com relação a política econômica do governo, principalmente, no que diz respeito a política de juros e a necessidade de fortalecimento do setor produtivo. Bem, que o trabalhador precisa de uma indústria forte para melhorar seus ganhos, tudo bem, mas colocar o fortalecimento dos patrões a acima dos interesses dos trabalhadores é muito estranho para um partido que sempre defendeu uma revolução do proletariado.

Mas, estratégias a parte, o ponto positivo é que o PCdoB está fazendo tudo isso em comum acordo com seus filiados mais antigos. Ou seja, está propondo, mas também, ouvindo suas bases e isso é saudável ao processo democrático.

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