quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Dilma não fará campanha onde a base estiver dividida


A presidenta Dilma Rousseff (PT) disse que não fará campanha em cidades com mais de um candidato da base aliada. O anuncio foi feito, ontem, durante reunião com o Conselho Político, formado por líderes e dirigentes de 14 partidos que sustentam a base do governo.

A presidente também prometeu impedir o uso da máquina pública na eleição. Dilma avaliou ainda o primeiro ano de governo como "excepcional" e insistiu que todas as conquistas só foram possíveis em razão da unidade partidária.

APESAR DA ATITUDE ética e agradável a maioria da base aliada, a coisa não é tão simples. Quando falo de maioria, refiro-me aos partidos menores. Os grandes, na verdade, vão pressionar pelo apoio. Na disputa pela sucessão federal, um dos pontos que mais fortalece é número de prefeituras pertencentes ao partido.

Além do mais, na política, não dá para ficar em cima do muro. É preciso ter lado. É importante que o PT e a presidenta Dilma definam suas prioridades e trabalhem para concretizar. Quero ver, por exemplo, se Dilma não subirá em palanques como o de São Paulo e Fortaleza. Será que duas das cinco maiores cidades do país não é prioridade para o partido?

Até compreendo que a presidenta, resuma o número de cidades que deverão ter sua participação, mas, simplesmente, não subir é erro de avaliação e pode custar muito caro em 2014. Claro que tudo ser explicado, caso o PT e Dilma, não quiserem concorrer a reeleição.

Nessa questão eu iria além. Onde não houvesse nomes petistas partiria para o fortalecimento dos partidos menores. Para 2014, quanto mais divido o cenário, menor a possibilidade de rebeliões e menor a possibilidade de se tornar refém de um único partido. É melhor o Lula voltar logo, pois a turma pode botar tudo a perder!

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