segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Radicalismo de Luizianne pode promover seu isolamento da base aliada


Uma conversa entre os senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Inácio Arruda (PCdoB), na última semana, pode significar a possibilidade de rompimento entre o PMDB e o PT. Os dois conversaram o apoio do PMDB a candidatura do comunista nas eleições municipais de Fortaleza.

Sobre o assunto, Eunício Oliveira, disse, em entrevista ao site Poder Online, que tem um ritual a cumprir com o governador Cid Gomes (PSB), seu principal aliado no Estado. Cid e a prefeita Luizianne Lins ainda não chegaram a um consenso sobre a definição do nome indicado para a disputa na capital. Eunício deixou claro que, se o acordo não for fechado, está disposto a se distanciar do PT.

O PROBLEMA em toda essa questão de Fortaleza é que a prefeita Luizianne acredita que o raio de 2004 pode cair no mesmo lugar. Na época ela bancou uma candidatura contra tudo e contra todos e acabou tendo êxito. Mas agora a situação e a conjuntura são outras. Depois de dois governos mal avaliados, ela tem uma única chance de não colocar toda conquista a perder, basta agir com bonsenso e sabendo avaliar o seu tamanho nessa negociação.

Nesse momento, Luizianne está jogando alto para garantir seu nome na disputa ao governo ou senado. Ela não pode esquecer que sua conquista, ou melhor, do grupo que ela representa, é a prefeitura e o revezamento é natural; ela pode voltar.

No caso da inflexibilidade para a escolha do nome, passando, inclusive, por cima do aval dos aliados, causa uma desconfiança de que ela possa tomar a mesma atitude de 2004 e usar a força da prefeitura para bancar suas pretensões eleitorais em 2014.

Luizianne precisa avaliar que ficar sozinha nesse momento significa perder a prefeitura e, consequentemente, seu suicídio político. Não se pode esquecer que seu segundo mandato foi conquistado graças a união dessa mesma base. Pois sua administração já estava enfrentando grandes dificuldades. Agora imagine com esse desgaste maior e sem apoio. “É melhor um passarinho na mão, que dois voando!”

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