quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Deputado do PCdoB quer CPI das privatizações de FHC


O deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) protocolou ontem (21), o requerimento que pede a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar as privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso. A ação tem como base o livro “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

Para criar uma CPI são necessárias 171 assinaturas, mas, após conferência da Mesa, já existiam 185 assinaturas anexadas ao pedido. Da bancada cearense assinaram o pedido os deputados: André Figueiredo (PDT), Aníbal Gomes (PMDB), Antonio Balhmman (PSB), Ariosto Holanda (PSB), Arnon Bezerra (PTB), Artur Bruno (PT), Chico Lopes (PCdoB), Danilo Forte (PMDB), Edson Silva (PSB), Eudes Xavier (PT), João Ananias (PCdoB), José Guimarães (PT) e Mauro Benevides.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que só deve decidir pela criação ou não da CPI em fevereiro de 2012.

É O FAMOSO de volta para o futuro. Essa é uma discussão que estava somente nos bastidores da política e nos bares da vida, quando se comparava os dois projetos mais destacados depois da ditadura militar. Mas, o livro do jornalista Amaury Ribeiro trouxe uma nova perspectiva sobre o assunto. Com um belíssimo trabalho investigativo, ele faz denuncias que findaram chamando a atenção dos nossos parlamentares.

O ponto positivo desse assunto é que percebemos a disposição das autoridades em investigarem situações duvidosas, mesmo que elas já tenham passado. Já o ponto negativo é que o critério não é o mesmo para outras situações. Veja-se a situação dos arquivos da ditadura militar que até hoje não foram sequer discutidos, quanto mais investigados e abertos.

No âmbito político, a CPI pode ser a pá de cal no tão combalido PSDB; o que, vale salientar, eu acho muito negativo, pois acaba com a possibilidade do contraditório na política nacional. Só para lembrar: não existe democracia sem a presença de opiniões divergentes.

Ou seja, espero que os políticos neoliberais tenham a coragem de manter suas convicções vivas, sob pena de enfraquecermos nosso regime democrático.

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