quarta-feira, 7 de março de 2012

Liderança nacional do PMDB recebe manifesto contra política de alianças


O vice-presidente Michel Temer, o presidente nacional do partido, senador Valdir Raupp (RO) e o deputado Henrique Alves, líder do partido na Câmara, receberam um grupo de parlamentares para a entrega de um manifesto de insatisfação com a atual política de alianças do PMDB com o PT.

Os parlamentares se queixam dos privilégios concedidos pelo governo federal ao PT e temem que o gigantismo petista no governo se reflita nas eleições municipais. Os peemedebistas se sentem ameaçados de perder para o PT o título de maior partido em número de prefeitos no País e com isso verem reduzida sua força política para eleger uma boa bancada federal em 2014 e manter o comando do Congresso.

Segundo o deputado cearense Danilo Forte, o problema é que a direção partidária se acomodou e o movimento serve para dar uma mexida nessa situação. “Do jeito que está somos coadjuvantes. Apenas figurantes de segunda linha”, concluiu o parlamentar.

NA VERDADE, esse é mais um embate político interno que, é importante frisar, sempre houve dentro do PMDB. Os rebeldes temem perder a hegemonia que o partido exerce sobre os poderes municipais, com mais 1.200 prefeituras, e ver diminuída sua bancada de deputados.

E claro que a reclamação não tem sentido. Primeiro, porque o PMDB está muito bem colocado no cenário nacional e não deve perder espaços em nenhum dos níveis de poder. Muito pelo contrario, ele deve crescer e entrar bem mais forte na eleição de 2014. Os parlamentares reclamam de barriga cheia.

Eu, até, acredito que o PT deve crescer mais nesse ano, mas esse crescimento não atinge o PMDB, sim os partidos menores que devem, a partir deste ano, ser atropelados pelos partidos maiores. É o instinto de sobrevivência pré-reforma eleitoral. E, vale salientar, será apenas o começo.

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