terça-feira, 28 de outubro de 2014

Câmara de Juazeiro: Tarso vai à justiça para anular reunião que indicou relatora

A indicação da vereadora Didi de Amarílio (PPS) para a relatoria da Comissão de Orçamento e Finanças da Câmara, deve ser questionada na justiça. Isso é o que garantiu o vereador Tarso Magno (PR), durante sessão da Casa, nessa terça-feira (28), após intenso debate sobre a reunião do colégio de lideres, realizado na última semana.

Os vereadores Tarso Magno e Bertran Rocha (PTdoB) observaram que são lideres dos seus partidos e, mesmo assim, não foram convocados pela presidência da Casa para participar da reunião que indicou a vereadora Didi.

Além da exclusão da reunião, Tarso e Bertran observaram que a Ata da reunião não continha as oito assinaturas como foi anunciado. O vereador Adauto Araujo (PSC) teria assinado o documento na sessão de hoje e a, então vereadora, Auricélia Bezerra (PSL), sequer, assinou. “A reunião e a confecção da Ata estão cheios de ilegalidade e vícios. A Ata chegou aqui com apenas seis assinaturas,” disse Tarso, ressaltando que tem pretensão de disputar a relatoria.

Segundo o vereador Bertran, como líder do partido, não foi avisado sobre a reunião. Para ele, a convocação da vereadora Rita Monteiro (PTdoB) para reunião tirou sua prerrogativa. “O vice-líder do partido é Zé Ivan e nem isso foi respeitado,” observou Bertran que, durante a sessão, acabou renunciando ao cargo de líder do partido.

Mesmo cercada de criticas e muita polêmica, a Ata foi colocada em votação, sendo aprovada com 11 votos favoráveis, cinco contra e duas abstenções. Após a votação o vereador Tarso Magno solicitou os áudios da sessão e uma cópia da Ata da reunião dos lideres para ingressar com ação na justiça.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Capitão Vieira Neto (PTN), tudo foi feito dentro da legalidade. Sobre a falta das assinaturas, o presidente observou que a Ata foi confeccionada após a reunião. “Aqui é de praxe que as Atas sejam confeccionadas após as reuniões para então os presentes assinarem,” disse Capitão Vieira.

Lunga e Ronnas tomam posse

Como estava previsto, os vereadores Antônio de Lunga (PSC) e Ronnas Motos (PMDB), retornaram a Câmara nessa terça-feira. Durante a sessão, Antônio de Lunga usou a tribuna para agradecer aos amigos, familiares e correligionários pelo apoio. Em especial, o vereador agradeceu ao empenho dos advogados Luciano Daniel, Paolo Quezado Gurgel e Leopoldo Martins Filho, responsáveis por sua defesa.

Lunga declarou ter sofrido ataques e xingamentos durante o afastamento, mas que responderia com trabalho direcionado aos menos favorecidos. “O ódio e a calúnia não me abatem. Não me elegi por um partido, me elegi por uma massa de pessoas as quais represento,” disse Antônio de Lunga.

Pronunciamentos sobre eleições

Ainda durante a sessão desta terça-feira, os vereador Normando Sóracles (PSL) e Cláudio Luz (PT) usaram a tribuna da Câmara para falar sobre o resultado da eleição recém encerrada.

Cláudio Luz destacou que o país vive o período democrático mais longo na sua história e as eleições mostraram o quanto essa democracia está consolidada. Claudio observou, ainda, a necessidade de se fazer a reforma política para acabar com o financiamento privado das campanhas.

O vereador finalizou dizendo que é falso dizer que o país está dividido. “A Dilma ganhou em Estados de todas as regiões, inclusive, em Minas, Santa Catarina e Rio de Janeiro,” destacou Cláudio.

Já para Normando, o resultado das eleições foi desastroso para Juazeiro do Norte. Ele destacou que o município já teve quatro deputados estaduais e três federais, mas agora tem apenas um federal. “A questão é: quem vai lutar para trazer verbas para o Juazeiro? Só temos o deputado Arnon Bezerra. É pouco!” disse Normando.

Sobre as conseqüências da falta de representantes, Normando disse que a cidade corre o risco de continuar sem direitos básicos, como saneamento. “Em nível estadual, temos que pedir favor ao deputado de Brejo Santo, Wellington Landim. Nada contra Wellington, mas não deveria ser assim,” ressaltou Normando.

Em nível municipal, Normando observou que o prefeito não votou no candidato vencedor ao Governo do Estado e não é do PT. Para ele, Raimundo Macedo vai enfrentar dificuldades e Juazeiro terá quatro anos negros. Ele pediu que todos os juazeirenses se unam em torno da cidade para resgatá-la.

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