sábado, 25 de outubro de 2014

Justiça apreende panfleto apócrifo contra prefeito do Crato

Uma operação conjunta entre a Polícia Militar e a Justiça Eleitoral do Crato, através do juiz da 27ª Zona Eleitoral, Renato Belo Vianna Velloso, apreendeu uma grande quantidade de panfletos apócrifos que, segundo informações, denigrem o prefeito Ronaldo Gomes de Mattos (PMDB).

O material, apreendido no Studio da Rádio Comunitária São Francisco, veicula o mesmo conteúdo que circula nas redes sociais, onde o prefeito é acusado de ter traído o candidato do seu partido ao governo do Estado, Eunício Oliveiro. As postagens já foram negadas diversas vezes pelo prefeito que, denuncia uma armação política para desgastá-lo politicamente.

Segundo o locutor, conhecido como DJ Marcinho, recebeu o material das mãos de um homem branco e alto, para ser entregue ao presidente da Câmara do Crato, vereador Luis Carlos Saraiva (PSL). Segundo o locutor, a caixa foi chegou por volta das 16 horas e permaneceu no Studio por cerca de uma hora, até a apreensão.

Ao saber da apreensão e da acusação, o vereador Luis Carlos compareceu ao Cartório Eleitoral, onde negou participação no fato. Sobre a apreensão, o vereador observou que o carro do ex-candidato a prefeito do Crato, Cícero França, foi visto no local no momento da entrega na rádio. Recentemente, Luis Carlos rompeu com o prefeito Ronaldo Mattos e passou a integrar a bancada de oposição. O vereador tem um programa semanal na mesma rádio em que foi apreendido o material.

Atualmente Cícero França é advogado do Comitê de campanha do candidato ao governo do Estado Camilo Santana (PT). Ele foi contatado por nossa reportagem e disse que, apenas, compareceu ao local depois que recebeu a informação de que iria ser feita uma apreensão de material ilegal na rádio. Segundo ele, chegou ao local um pouco depois que a Polícia e o juiz.

O juiz Renato Velloso, não quis se manifestar sobre o caso, segundo ele, por se tratar de investigação sigilosa. Segundo funcionários do Cartório, que preferiram não se identificar, o material será enviado ao Ministério Público Eleitoral (MPE) para que seja feita a denúncia a Justiça Eleitoral e a Polícia Federal.

Devem ser intimados a prestar esclarecimentos no MPE, o locutor, o presidente da Câmara e, provavelmente, outras testemunhas que estavam no local.

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