sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Ainda repercute vaia sofrida por Arnon e Roberto Celestino na solenidade de inauguração das casas do “Minha Casa, Minha Vida”
Destacada pela imprensa na tarde de ontem, quinta-feira (30), ainda repercute pela cidade a vaia e as acusações de traidores dirigidas ao deputado federal Arnon Bezerra (PTB) e o vice-prefeito de Juazeiro do Norte, José Roberto Celestino (PSB).
Os dois foram vaiados, freneticamente, desde a recepção ao presidente nacional da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, no Aeroporto Regional, até a solenidade de inauguração do Condomínio Tenente Coelho I, II, III e IV.
A solenidade, que aconteceu no próprio condomínio, às 11h00, e contou ainda com as presenças dos deputados federais José Guimarães (PT) e Manoel Salviano (PSD), além do deputado estadual Camilo Santana (PT), teve um clima tenso, principalmente durante a fala do deputado Arnon. Em resposta as vaias e aos protestos de traidor, Arnon observou que as vaias já foram maiores é que estão ficando mais fracas com o tempo.
Chamado de traidor, Celestino não revidou. Falou um pouco sobre o aeroporto e desistiu do discurso, entregando-o, a parte escrita, ao presidente da Caixa.
Faltou humildade
Acredito que a frase que resume a atitude do deputado Arnon Bezerra é “falta de humildade”. Ele cometeu um erro de avaliação, primeiro ao ir à solenidade, e depois em revidar os protestos.
Sobre a sua ida, era altamente desnecessária. Primeiro porque não teve qualquer participação no projeto e depois porque tem se colocado como critico sistemático do prefeito Santana. Qualquer um poderia analisar que a obra, inegavelmente, sendo mérito do governo Santana, teria grande participação de militantes e entusiastas do prefeito.
No seu discurso, Arnon disse ainda: “Eu reconheço a participação dos poderes estadual e federal, mas o municipal só em parte.” O que se percebe é um rancor pessoal do deputado ao atual prefeito. É a velha história do pragmatismo do poder: em Brasília, onde precisa, morre de amores pelo PT, mas em Juazeiro, onde não teve espaço, odeia o PT.
Quem perde com isso é a cidade que deixa de ter um aliado a mais para encaminhar suas demandas. Arnon nos últimos quatro anos trouxe poucos ou quase nenhum recurso para Juazeiro. Talvez aí a explicação para os reclames de que ele não representava Juazeiro.
Roberto Celestino foi mais coerente e não revidou. Como sempre falou sobre o aeroporto, e mesmo com um discurso deslocado para o momento, acabou desistindo e entregou a parte escrita do discurso nas mãos do presidente da Caixa. Celestino foi coerente em não revidar, mas faltou uma melhor avaliação. Estamos em plena campanha eleitoral e apesar de ser vice-prefeito da administração Manoel Santana, atualmente, apoia o candidato da oposição Raimundo Macedo. Não era tão difícil prevê a vaia e os gritos de traidor.
Certo mesmo, desse episódio, é que os dois saíram desgastados e poderiam ter evitado tal situação.
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